quarta-feira, 27 de abril de 2016

Testemunhos...


Do amigo Manuel Dias recebemos o seguinte Comentário sobre o Movimento Marvão para Todos e a nossa Sessão de Apresentação em Santo António das Areias. Por nos parecer que este Comentário que nos enviou merece um maior conhecimento, aqui o publicamos como Post, num lugar de melhor destaque para servir de reflexão a todos.


Sobre Marvão: visitar, negociar e..., viver!
 Por Manuel Dias

1 - Sobre o MOVIMENTO Independente “Marvão para Todos”:

"Primeiro que tudo quero pedir-vos novamente desculpa por me ter despedido à Francesa no dia da Sessão, e agradecer ao mesmo tempo o facto de se terem lembrado de mim, e me terem convidado a assistir à Sessão de apresentação do movimento Independente «MARVÃO PARA TODOS».

Fui peremptório em dizer que daria sempre o meu apoio a tal iniciativa, isto por encontrar que, ainda que num estado democrático, os “PARTIDOS” sejam necessários, mas, pelo que têm feito (da extrema esquerda à extrema direita), vejo e sublinho que, em meu entender, e devido aos poderes instalados, e que não abrem mão das benesses e dos privilégios que eles próprios criaram, terá de se enveredar por outro caminho, que em meu entender também, será a criação de «MOVIMENTOS» ou «MOVIMENTO» de pessoas de boa vontade e que estejam dispostos a trabalhar em prol da comunidade.

Ainda que me pareça ser um caminho difícil, e em que os seus mentores vão deparar com enormes dificuldades, dado aos poderes instalados, será absolutamente necessário mobilizar as «BASES», pois esses poderes instalados quererão continuar a manter esses privilégios e tudo farão para desmobilizar as pessoas. Aliás, isso é o que temos visto e tem acontecido com todos os «Movimentos» ou pessoas bem intencionadas que têm querido, e continuam a querer, alterar um sistema que está podre, mas, e ainda que um pouco moribundo, não deixará de lutar para que essa mudança não venha a acontecer.

Será necessário, por isso, usar de uma estratégia em que o contacto com os eleitores seja feito «PERSONALIZADO»!... (porta a porta), e ouvindo-as, pois só dessa forma elas poderão ser mobilizadas e poderão acreditar que se está no caminho da «MUDANÇA».

Pode parecer utópico, mas, se atentarmos bem que estamos em presença de um eleitorado maioritariamente constituído por pessoas idosas e muitas delas analfabetas, o que tem constituído terreno fértil para os des/governantes que até aqui têm “dirigido” os destinos do nosso País e com uma governação desastrosa, dizia, «TERRENO FÉRTIL» para “caçar votos” com promessas que acabam por não passar de promessas, pois passadas as eleições, logo as esquecem.

E digo isto, por que me faz lembrar Nelson Mandela, que pagou caro e teve de lutar muitos anos para libertar o seu Povo. Mas foi no terreno, e em contacto com o seu Povo, que ele conseguiu mobilizar as “massas” que levaram à libertação desses Povo – a África do Sul.

2 - Sobre "viver" em Marvão

A situação económica do nosso País, como se sabe, é caótica!... 

Destruiu-se todo um tecido Empresarial que, ainda que em alguns casos incipiente, levou muitos anos a construir; outro tanto acontece com a «AGRICULTURA»; e escrevo e sublinho agricultura com letra grande, porque, sendo o nosso Concelho, uma região em que predomina alguma agricultura, constituída por médios e pequenos agricultores, é fundamental (em meu entender), que se procure antes do mais enveredar por esse caminho, e, conjuntamente com os proprietários das terras, procurarem formar «ASSOCIAÇÕES» que possam e procurem fazer sair do marasmo a que tudo chegou: - abandono das terras, e que por isso hoje se torna imprescindível olhar para esses sector com muita/muita atenção.

A Indústria é necessária (é preciso criar empregos e riqueza) mas temos de saber tirar partido daquilo que aqui produzimos, nomeadamente azeite, montado e cortiça, pecuária, que são as matérias-primas de que dispomos ou podemos vir a dispor (voltando aos montados – que estão desaproveitados – produção de carnes e queijos, etc. etc. «PRODUTOS DA REGIÃO»); e temos, ao mesmo tempo, de pensar, e saber transformar ao máximo, e digo ao máximo, pois temos de saber produzir (enveredando pelo caminho da «QUALIDADE»), e encontrar mercados, pois temos de procurar que, no circuito produtivo, entre o menor numero de intermediários - mas sim: «DO PRODUTOR AO CONSUMIDOR!..

Neste aspecto, temos alguns jovens agricultores de «SUCESSO» e com provas dadas, que devem procurar mobilizar-se no sentido de que, eles próprios, pensem no associativismo, (que em meu entender), é a única forma de sobreviverem!... Bem sei que o «ASSOCIATIVISMO» não se ajusta muito com a forma de ser das nossas gentes marvanenses, mas acho que é essa a única forma de fazer face a que estejamos dependentes do exterior, pois temos de equacionar o facto do avanço que existe nos outros Países, nomeadamente, Espanha e a consequente concorrência."

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